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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FESTA DA MOCIDADE DO SETOR 6


domingo, 31 de outubro de 2010

MATURIDADE ESPIRITUAL (João 20.1-9)


1) Amadurecimento na forma de ver a realidade, a partir da qual ele irá com a graça de Deus e em conjunto com Espírito Santo vai construindo a fé enquanto conteúdo, a fé objetiva, o arcabouço de doutrinas que fundamentam a convicção espiritual dele.

2) Nessa perspectiva não basta ver intelectualmente é preciso ver a partir da iluminação de Deus. A capacidade de ver é uma das mais significativas da existência humana.

3) E o dicionário Antônio Houaiss apresenta 34 sentidos para o verbo ver. Tem razão de ter tantos sentidos assim, pois a visão, dentre os cinco sentidos, é o mais intenso e poderoso. Dentre os vários significados da palavra “visão” posso destacar: “a percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista”; ou “concepção ou representação, em espírito, da realidade que nos cerca; a interpretação que a gente faz diante da vida; o ponto de vista diante daquilo que nos cerca”.

4) A fé começa e evolui de acordo com a forma com que vemos Deus e a realidade.

5) Podemos destacar a título de exemplo dois dos apóstolos Pedro e João. Ambos viram o Senhor, inclusive, o fato de ter visto o Senhor durante o período de seu ministério e tê-Lo visto ressurreto era um dos requisitos que a igreja primitiva utilizou para definir se uma pessoa era apóstolo mesmo (At 1.21.22; Jo 15.27).

6) Estes dois apóstolos escreveram:
Ø “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pedro 1.16).
Ø “O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada), o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 João 1.1-4); “e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1 João 4.14).

ASSIM, A FORMA COM QUE O CRENTE VÊ A CRUCIFICAÇÃO E A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DEFINE BOA PARTE DO GRAU DE MATURIDADE QUE ESTE CRISTÃO TEM EM RELAÇÃO À VIDA ESPIRITUAL.

Nesse sentido, é interessante como o evangelista João narra a maneira com que ele e Pedro viram a ressurreição do Senhor. No trecho de João 20.1-9, as palavras diferentes que ele utilizou no grego para expressar a idéia de “ver”.

Então, analisemos as palavras no original, visto que no português o verbo ver é expresso por uma única palavra o que reduz o sentido com o qual João escreveu.

I. O DESPERTAR DA ATENÇÃO:
1. Nos versículo de 3 a 5, lemos: “Então, Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia, não entrou”.

2. O verbo “viu” é blepou é olhar que nota alguma coisa, atento, intrigado, perceber algo que desperta curiosidade; sentido de parar para ver.

3. O despertar para a fé objetiva é o início de uma caminhada em rumo à maturidade. Esse é um estágio eminentemente sensitivo, do primeiro contato do ser com a Palavra.

II. REFLETIR:
1. Nos versículos 6 e 7 vemos: “Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis e que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte”.

2. Aqui “viu” é teoreo tem o sentido de “colocar a mão no queixo e ficar olhando com muita atenção; ficar considerando; olhar intensamente; olhar e imaginar que aquilo que se está olhando vale a pena uma reflexão profunda”.

3. De teoreo origina em nossa língua a palavra “teorema”, que é proposição que pode ser demonstrada por meio de um processo lógico; e “teoria” que quer dizer, do ponto de vista filosófico: conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas e/ou postulados racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da natureza.

4. Quando o crente vai amadurecendo na apropriação da fé objetiva, ele vai tendo a necessidade de saber teorizar sua crença.

5. Por isso, se o material didático e as aulas e as pregações que ele ouve forem circulares e o conteúdo não progredir ele provavelmente irá se desmotivar para o referido conteúdo.

III. ESQUADRINHAR:
1. Mais adiante no v. 8 João escreveu: “Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu”.

2. Viu aqui é “orau” que quer dizer: “esquadrinhar; é olhar examinando minuciosamente; é ver procurando em todos os cantos e lugares, palmo a palmo; é escarafunchar, perscrutar, revistar; um olhar que produz compreensão e entendimento”.

3. Deus não quer que nós tenhamos uma fé burra: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência” (1 Pedro 3.15).

4. Entretanto, não se trata somente de crer do ponto de vista cognitiovo! João “viu e creu”. Creu com a dimensão do ser: cognição; emoção e volição.

5. Essa fase, como as outras, para o pentecostal não se reduz perscrutar sua fé somente do ponto de vista intelectual mas também no que se refere à experiência, a intuição e a prática efetiva da fé .

TRÊS FORMAS DE ADORAÇÃO (Jo 4. 13- 26).


As duas primeiras precisam ser evitadas e a terceira precisa ser praticada


I. ADORAR EM IGNORÂNCIA

v. 22a: “Vós, os samaritanos, adorais o que não conheceis...”
1. Esta era a forma de adoração dos Samaritanos
a) Sua origem (2 Re 17.24-34).
b) A mulher estava presa em questões periféricas do culto samaritano.
c) A Bíblia deles era incompleta.

2. Muitos hoje ainda adoram em ignorânica.
a) não entendem a missão tríplice da igreja.
b) Quando não distinguem as formas de exaltar a Deus:
Ações de graças
Louvor
Adoração
c) Quando as letras das músicas não condizem com a música.
d) Quando os rítmos estimulam a carne.
e) Quando a seleção musical é mal feita.

3. É preciso conhecer a Deus para não adorá-lo em ignorância.

II. ADORAR EM HIPOCRISIA

v. 22b: “nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus”.

1. Por que Jesus disse isso? Talvez porque o libertador prometido a todo o Israel (tanto para Judeus como para Samaritanos) viria da tribo de Judá, como tb. constava na Bíblia Samaritana (Gn 49.10); por isso do Judeus – dos descendentes de Judá viria a Salvação para Israel e para o mundo inteiro.
2. Entretanto, outras referências denúncia o culto judaico.
a) Mq 6.6-8: Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? [...]
b) Is 1.11: De que me serve a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura dos animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes [...] Não tragais mais ofertas debaldes

3. Jesus condenava a hipocrisia dos fariseus.

4. Deus reprova o culto hipócrita – reprovou Caim - Gn 4.1-7: E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim ... E teve mais a seu irmão Abel... e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação {ou remissão} para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
a) Caim era hipócrita:
· Não era bom - suas obras eram más - I João 3.12: Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
b) O culto de Caim:
culto que não se oferece o melhor trouxe uma ( qq. oferta ( Gn 4.2 ).
Achou que o seu culto tinha valor em si mesmo.
Baseou no esforço humano.
Quis competir, ao invés de Caim olhar para cima (Hb 12:1) olhou para os lados.
Culto sem arrependimento! Ao invés de arrepender-se ante a reprovação V.5b “ Irou-se fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante”.

5. Deus aprova o culto sem hipocrisia como o de Abel:
a) O que traz o melhor ( v. 4 ): “dos primogênitos da sua ovelha, e da sua gordura”.
b) Antes do seu culto, ele foi aceito como pessoa. (v.4: e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.).
c) Feito por fé
· Hb 11.4: Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.

6. Muitos hoje ainda adoram em Hipocrisia.
a) Quando vêem o louvor somente como uma mercadoria da indústria cultural.
· profanação
· exigência de mercado
b) Quando fazemos teatralmente algo parecido com louvor e adoração para querer.
c) Quando fingimos ser o que não somos, como se estivéssemos representando ser melhor do que, na realidade somos. Gostaríamos de ser muito bons como não conseguimos fingimos ser.

III. ADORAR EM ESPÍRITO E EM VERDADE.
vv. 23,24: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

1. Tendo Deus como Pai

2. Sendo achado pelo Pai

3. Adorando em Espírito
a) Implicações:
· Espírito é elemento da essência do ser de Deus. É nesse sentido (e não na parte material) que somos a imagem e semelhança de Deus;
· A parte mais elevada da existência que conhecemos é a espiritual; é neste nível que o homem pode ter comunhão com a Divindade.
· Rm 8.16: “O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
· 1 Co 2.14-16: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.

b) O espírito é imaterial e incorpóreo
Lc 24.39: “...um espírito não tem
carne nem ossos...”

b) Por isso, para nós assimilarmos Deus a Bíblia usa antropomorfismo, zoomorfismo, antropopatismo.

c) Homem algum viu a Deus, somente uma representação d’Ele como Moisés Ex 33.20-23: E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; ali te porás sobre a penha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, te porei numa fenda da penha e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

d) O espírito é invisível por ser imaterial:
Jo 1.18: Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
· Cl 1.15: Jesus é o é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Simel

e) As três faculdades de nosso espírito em funcionamento: intuição; comunhão; consciência.

f) Paulo adorou: 1 Tm 1.17: 6.16: Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém! o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!

g) Para a mulher samaritana adorar a Deus em Espírito: era beber da água viva.

4. Adorando em verdade
O que é a verdade – três concepções:
a) Para os latinos verdade é veritas: refere-se a precisão rigor de um relato, no qual se diz com detalhes e precisão e fidelidade ao que aconteceu. A linguagem enuncia os fatos reais. Portanto, a verdade se refere aos fatos que foram.
b) Para os gregos, verdade é aletheia: significa não-oculto, não escondido, não-dissimulado. O verdadeiro é o que se opõe ao falso, pseudos, que é o encoberto, o escondido, o disfarçado, o que parece ser e não é como parece. Assim, verdade para os gregos se refere às coisas que são.

c) Para os israelitas, verdade é emunah e signfica confiança. Nessa concepção são as pessoas e é Deus quem são verdadeiros. Um Deus verdadeiro

5. Como adorar a Deus em espírito em verdade?
a) Sabendo que o louvor e uma das dimensões da missão tríplice da igreja.
b) Distinguindo as formas de exaltar a Deus, na nossa vida devocional:
Ações de graças
Louvor
Adoração
c) Não somente cantando, mas interpretando as letras das músicas.

d) Fazendo uma seleção musical correta.

e) Sendo um verdadeiro adorador que adore a Deus em espírito em verdade.

A CRUZ DE CRISTO (Lc 9. 23-26)


1) O que era a cruz: Instrumento antigo de execução. Originária da Pérsia e depois legada aos gregos e aos romanos. “A mais cruel das mortes.” (Josefo).
2) Tipos de Cruz: Nos dias de Jesus havia três tipos de cruz: a X (de Stº André); a T (Comissa); a + (immissa).
3) No Brasil, Frei Henrique de Coimbra e sete confrades mendicantes, na companhia de um outro grupo de clérigos seculares fincou a 1ª cruz em solos brasileiros.
4) Por que a Cruz é tão especial que Paulo recusou gloriar-se em qualquer outra coisa (Gál. 6:14)?

I. NÃO É:
(1) Sofrer por causa de uma enfermidade.
(2) Agüentar esposo(a) pelo resto da vida
(3) agüentar as conseq. de uma profissão
(4) permanecer solteiro ou ficar viúvo
(5) uma catástrofe natural
(6) Perder o namorado

(7) um acidente;
(8) desempego;

(9) assalto
(10) morte;

(11) filho viciado;
(12) crise financ.

(13) parente alcoólotra
(14) infid. Conjugal

II. É UMA ESCOLHA
1. O paradoxo da metáfora: criminoso; escravo; fora dos padrões de ascenção social;
2. Não um determininismo divino. Deus não é um tirano e nossas provações não são algo insuportável
3. “Se alguém quiser...”
4. Jesus nunca quis que espiritualizássemos a cruz: como algo interior e místico.
5. Lc 14.33:
6. Perto da crucificação, Jesus dá uma lição de sua Filosofia da “Bacia e da Toalha”.

III. SEGUIR JESUS CUSTA CARO
1. Lc 14.25-33 – parentela a própria vida; construção e rei em guerra.
2. Muitos rejeitaram e continuam rejeitando a cruz de Cristo: Lc 9.57-62
III.1 QUAL SENTIDO QUE A CRUZ DE CRISTO REVELA NESSAS PASSAGENS?
1. Assumir a cruz de Cristo é algo muito dispendioso.
2. Jesus quer que racionalizemos as conseqüências da atitude de segui-Lo.
3. Significa pegar a bacia e a toalha – rejeição.
4. Não é um ato único e isolado e nem só de um aspecto.
5.Deus estará sempre dando novas oportunidades de tomarmos novas cruzes.
6. Quem está debaixo de uma cruz não está indo para uma festa divertida: mas sim,... Portanto, seguir a Jesus implica em estar disposto a morrer por amor ao seu Senhor.
7. A farsa do Ev. da prosperidade...
8. Não só mudar nossos hábitos pessoais, mas sim, permitir que Deus implante em nós a mente de Cristo.
9. Choques com os valores do mundo – e não se deixar levar por eles, pois são efêmeros –
10. Por isso o mundo ridiculariza a cruz de Cristo:
* No final de 1990, Só em nossos dias um artista homossexual, Mapplethorpe, recebe a honra de ter uma exposição de fotografias mostrada em todo o país, e que blasfema a cruz de Cristo. Ele fotografou a cruz saindo de um vaso de urina! Muita coisa do resto desta exposição itinerante era tão obscena e maligna que não dá para se repetir.
11) 1 Jo 2.15-17: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.
10. Não posso levar a cruz e ter saudades do mundo.
11. O padrão de sucesso do mundo vai contra o q. J ensinou sobre sua morte –
a) Mc 8.31: E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto...”
b) Mc 8.31-38:

12. Os sofrimentos advindos da Cruz de Cristo só acontecem, com a permissão do servo de Cristo: “Se alguém quer ....”.
13. Negar-se: (1) recusar a fazer do nosso prazer o alvo da vida; (2) recusar a fazer da nossa vontade a lei da vida. (3) Sujeitar-se à disciplina de Cristo
5. Jesus não força ninguém a levar a cruz. Levar a cruz é o ato de amor nosso para com Jesus. * " Quem não sacrifica nada não ama. Quem sacrifica pouco ama pouco. Quem sacrifica tudo ama totalmente." (Pe. Monier Vinard).
14. Você e eu temos nos colocado voluntariamente debaixo da cruz de Cristo?
15. Por isso, dizemos que a cruz não é ..... (ponto I), mas pode ser se... exemplos...”).

IV. O ASPECTO MISSIONÁRIO DA NOSSA CRUZ
1. levar a cruz significa enfrentar todos os nossos sofrimentos e lutas advindas de nossa idenficação com Cristo (Luc. 9:23). A cruz não é uma tragédia, mas algo que temos que carregar para que não nos voltemos para o orgulho. Assim, imitamos o nosso mestre, que carregou a sua cruz e sempre fugiu da plataforma dos holofotes.
2. Implicação: Quando carregamos a nossa cruz, nos tornamos instrumentos da glória do Pai e não de nós mesmos. Daí, pela graça dele, as pessoas não verão a nós simplesmente, e sim, verão Cristo em nós. Só que o negar-se a si mesmo exige uma determinação, uma renúncia muito trabalhosa. E o primeiro caminho árduo para um servo de Cristo é o da negação. Por isso que a cruz tem a ver com a identificação com Cristo Jesus. Na identificação com a cruz de Cristo, nós damos espaço para a negação diária. Daí, através da nossa vivência diária de negação, influenciamos outras pessoas que estão ao nosso redor, levando-as para o caminhos da cruz.

CONVITES:
1. Se você abandonou a cruz de Cristo...

2. Se você pensa que não irá conseguir levar mais...

3. Você que tem levado a sua cruz com fidelidade...

4. Você que ainda não abraçou a sua cruz.

A LEI DA SEMEADURA (Gl 6.7b).


** Mulher que foi ao céu ... pensou que iria levar um pacote bem grande – mas recebeu uma caixinha pequena. O anjo lhe disse que no céu só entregavam sementes....

I. SOMENTE VAMOS SEMEAR, SE TIVERMOS UMA VISÃO (UM SONHO) DE NOSSA COLHEITA.
1. Só semeia quem tem sonho, quem tem visão.
2. Existem três tipos de pessoas: os que fazem as coisas acontecerem, os que ficam olhando as coisas acontecerem, e os que nem sabem o que está acontecendo.
3. Visão é uma fotografia de seu futuro preferível. É uma imagem do que você deseja fazer, uma estaca plantada no seu futuro. [Obstáculos].
4. Sêneca: Qdo. o cap. ñ sabe p/ q. porto se dirige, todos os ventos lhe são contrários.
5. Quando semeamos sonhamos com a colheita. O poder do sonho (da visão). Enxergamos pela fé o futuro; percebemos o que Deus está fazendo no Seu Reino; identificamos como nos encaixamos nos projetos de Deus.
6. Quatro verdades sobre a visão.
· O que você vê é o que você será.
(eu preciso mudar...)
· O que você vê é o que você pode realizar.
(não tiro para todo o lado)
· Sua visão capacitará você realizar o que parecia impossível.
· Sua visão vai inspirar outras pessoas.

II. VAMOS COLHER AQUILO QUE PLANTARMOS
1. Quem plantar joio, ervas daninhas e espinhos não pode esperar nada diferente além de intrigas, desunião e decepções.
2. Quem plantar amor, fé, esperança e verdade colherá frutos próprios para uma vida de vitória.
3. É imprescindível plantar – Na vida, ninguém deixa de plantar algo.
4. Para quem não se conscientizar de que é preciso plantar para depois colher irá ter muitas frustrações. Como colher sem plantar?
* certo irmão foi trabalhar em uma empresa...

III. VAMOS COLHER NO TEMPO CERTO, SE PLANTARMOS TAMBÉM NO TEMPO CERTO.
1. Há tempo para tudo debaixo do céu...
2. A semeadura é um dos processos naturais criado por Deus para geração de vida. Não tem efeito instantâneo. É um processo e como tal exige tempo.
3. Semear exige disposição, perseverança, paciência (não existe colheita instantânea ao plantio).
4. O perigo da cultura microondas – café solúvel – computador.
5. No processo de semear bem para colher bem não podemos desperdiçar tempo. Bem vale lembrar o sábio poema de frei Antônio das Chagas (1831-1882):

Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta,
Mas como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje quero acertar conta e não há tempo.

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passa-tempo.
Cuidai, enquanto é tempo, de vossa conta,
Pois aqueles que sem conta gastam o tempo,
Quando o tempo chegar de prestar contas,
Chorarão, como eu, o não ter tempo.

IV. VAMOS COLHER ONDE PLANTARMOS
1. No ano novo continuaremos a viver em geografias específicas.
2. Temos espaços vitais. Nossa vida vai se estruturando nesses ambientes. É nesses lugares que temos que plantar:
a) Na família b) No trabalho c) Na Igreja d) Na escola
3. Os grandes traumas têm raízes na família;
* irmã que parou de pregar para o marido
* o filho que começou honrar mais o pai
4. As maiores decepções com a fé se dão no ambiente religioso.
* irmão que reclamava que ninguém gostava dele na igreja, mas q. , mas, percebeu que seque cumprimentava as pessoas.
5. As grandes frustrações pessoais se configuram no local de trabalho.
* outro irmão via o patrão como um bicho...
6. É preciso plantar sementes novas exatamente onde vivemos mais intensamente, pois colhemos, primeiramente onde plantamos primeiro.

V. VAMOS COLHER MAIS DO QUE PLANTARMOS
1. Quem semeia um sonho e o cultiva – colhe realizações
2. Quem semeia a palavra – colhe fé
3. Quem semeia fé – colhe milagres
4. Quem semeia sorriso – colhe alegria
5. Quem semeia amor – colhe uma multidão de amigos.
6. Quem semeia bondade – colhe solidariedade.
7. Quem semeia perdão – colhe paz.
8. Quem semeia generosidade – colhe prosperidade

Mas, a melhor semente somos nós mesmos - Jo 12. 23-26: “É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.

A Semente
Como eu queria ser uma semente
lançada à terra fértil, bem cuidada,
para mostrar o quanto, ao ser amada,
tamanha pequenez se faz potente.

Brotar... crescer... fundir-se em alegria
ao produzir a mágica das flores,
que traz beleza, aroma e tantas cores;
que traz a paz aos olhos e alivia.

Brotar... crescer... tornar-se mui contente
ao contornar de frutos sua estada
por esta Terra fria e apavorada,
gerando vida para todo o sempre.

ABRAÃO UM MODELO DE HOMEM DE DEUS (GN 13.14-18).


Ø Abraão é o Pai da Fé: Romanos 4. 9b-11: “[...] As Escrituras Sagradas, que dizem: “Abraão creu em Deus, e por isso Deus o aceitou.” [...] Deus aceitou Abraão porque ele tinha fé [...] Assim Abraão é o pai espiritual de todos os que crêem em Deus e são aceitos por ele [...]
Ø A Bíblia fala que os pastores são referenciais:
a) Presentes: Efésios 4:11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
b) Devem ser imitados quanto a Fé Hebreus 13:7 Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
c) Cuidam das necessidades espirituais do povo de Deus - Hebreus 13:17 Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.
Ø Por que Abraão é nosso referencial, o nosso Pai da fé?
a) Renunciou uma religião que materializava a imagem da divindade para uma experiência mais madura com Deus que é Espírito;
b) Vivia uma vida de peregrinação, dando um exemplo de desapego ao terreno (tenda e altar);
c) Aprendeu a viver dependendo de Deus.
d) Demonstrou uma disposição para obedecer a Deus incondicionalmente.
e) Desenvolveu fé para receber milagre.
f) Era um homem de visão.

Ø O que significa visão nessa perspectiva? Direção, princípios, alvos. Saber o sentido a ser tomado para chegar no lugar que Deus quer; um ideal que dá sentido para a própria vida; o centro de interesse; o objetivo, a finalidade da vida, aquilo que se procura alcançar; intuito, desígnio

Como Deus queria que Abrão fosse um vencedor teve que ensinar um dos primeiros requisitos de todo o vencedor: ter visão.

Assim, Deus recomendou a Abraão que olhasse em 4 direções. Nós tb....

a) NORTE, o lugar que está diante de ti.
b) SUL, o lugar por onde já passaste.
c) ORIENTE, o lugar onde o sol nasce.
d) OCIDENTE, o lugar onde o sol se põe.

5. Para sermos uma pessoa...

I. OLHAR PARA O OCIDENTE, ONDE O SOL SE PÕE - A NOITE, A ESCURIDÃO - AS TRIBULAÇÕES
1. Quantas tribulações você enfrentou e em quais áreas? Otimismo Pessimismo ou Realismo
2. Por que sofremos?
a) Por causa de nós mesmos: A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: "Como é que DEUS teria permitido algo tão horroroso acontecer, como os atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001?" Anne Graham deu uma resposta extremamente profunda e sábia. Ela disse: "Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?" (Internet)

b) Por causa dos outros

c) Por permissão de Deus: Aço Siderúrgica - Tempera

3. Como você reagiu diante delas?

4. A proposta de Deus – Rm 5.3b-5.

II. OLHAR PARA O ORIENTE, O SOL NASCENTE, A FIDELIDADE DE DEUS.
1. O sol é 27 X > que a T. Está a 150 milhões de Km da T. A importância do sol para a Via Láctea... O sol é 27 X > que a T. Está a 150 milhões de Km da T.
2. O sol nunca entrou em greve... Nunca teve aumentou de tarifa. Com o sol Deus mostra que será sempre fiel.

3. Os Benefícios do sol:
· Fotossíntese
· A luz solar mata germes.
· A imunidade é aumentada pela exposição à luz do sol, e a resistência de seu corpo à infecção é aumentada.
· Os ossos são fortalecidos pela luz solar.
· As células sanguíneas vermelhas funcionam melhor após a exposição do corpo ao sol - aumento da habilidade delas transportar e distribuir oxigênio nas células do corpo.
· O colesterol é mudado em Vitamina D na pele na presença de luz solar não filtrada.
· Uma sensação de bem-estar é promovida pela luz solar e o humor melhora.
· Desde que equilibrados, os raios solares têm propriedades curativas.

4. O sol é uma ilustração da fidelidade do Senhor.
*** Houve uma época em que um indígena, um cacique de nome Juruna (falecido em 2002), foi eleito deputado. Antes mesmo de ser eleito, Juruna andava dizendo que “palavra de branco não merece confiança”. E caminhava pelo território nacional ouvindo pessoas importantes e registrando as declarações das autoridades em fitas cassetes de um gravador, para depois, não ser desmentido.
5. Deus é fiel - 2 Timóteo 2:13 se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
*** finanças da igreja.

6. Hino: "Tu és fiel, Senhor, meu Pai celeste, pleno poder aos teus filhos darás. Nunca mudaste, tu nunca faltaste: Tal como eras, tu sempre serás".

III. OLHAR PARA O SUL, RECORDAÇÕES.

1. Do que Abraão lembrava-se? Do ponto de vista do juízo de valor, há dois tipos: boas e as más.

2. Há duas maneiras de reagir: negativa e positivamente.

3. O Exemplo do Profeta Jeremias:

a) Ele escreveu um livro da Bíblia que tem um nome negativo: “Lamentações”, mas, sua mensagem é muito animadora. Seu autor é o profeta hebreu Jeremias, que, em um determinado momento de sua vida, entrou em uma crise de desesperança. Havia motivos: a superpotência Babilônica tinha sitiado a sua querida cidade Jerusalém, por mais de dois anos. A situação de fome era tão terrível que algumas mães chegaram a comer seus próprios filhos. Os sentimentos do profeta foram se degradando terrivelmente.
b) Até que um dia, Jeremias reage a toda essa situação horrível, não permitindo que sua mente continuasse sendo um baú de más recordações (Lm 3.22-39). Ele passou a ocupar sua mente com fatos que expulsassem o sentimento de desesperança. Lm 3:21 Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.
c) Para não permitirmos que a esperança morra em nosso coração, devemos tomar as mesmas atitudes que o referido homem de Deus tomou. Inicialmente, devemos ter consciência de que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, novas são a cada manhã”. Em segundo lugar, precisamos crer que vale à pena esperar no Senhor. Disse Jeremias: “grande é a fidelidade de Deus, a minha porção é o Senhor, portanto, esperarei n’Ele”.

4. Dessa forma, pensemos: como agir positivamente diante das más recordações:
a) ofensas e ressentimentos – perdão;
b) erros– arrependimento e mudança radical de atitude.
c) frustrações – equilíbrio;
d) fracassos – reavaliações;

IV. OLHAR PARA O NORTE, O FUTURO. O OLHAR DA ESPERANÇA

*** Alguns pesquisadores da Universidade de Cornell estudaram 25.000 prisioneiros da Segunda Guerra Mundial. Concluíram que uma pessoa uma pessoa pode viver quarenta dias sem alimento, três dias sem água, oito minutos sem ar, mas nem um minuto sem esperança.

1. Abraão foi um exemplo do exercício da esperança - Rm 4:18 Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. Mas, Abraão estava “plenamente convicto de que Ele era Poderoso para cumprir o que prometeu” (Romanos 4.21).


2. O Cristão não precisa de ver nada para termos a esperança de um futuro abençoado - Rm 8:24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?

3. A Bíblia nos inspira a sermos pessoas esperançosas - Rm 15:4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.

*** Pintor Watt – quadro a Esperança

Salmos 146:5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus,

Pv 23.17-18: Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do SENHOR perseverarás todo dia. Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Saia de Cima do Muro

"Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teus pais perecereis; e quem sabe se para tal conjuntura como esta é que fostes elevada a rainha?"Esther 4:14

I. VOCÊ NÃO PODE SE CALAR AGORA (14a).
"Porque se de todo te calares agora"

II. VOCÊ NÃO É TÃO INDISPENSÁVEL (14b).
"de outra parte virá socorro"

III. VOCÊ PERDERÁ A ALEGRIA DE SERVIR (14c).
"Mas tu e teus parentes perecereis"

IV. FAÇA DIFERENÇA COM SUA VIDA (14d).
"E quem sabe se para tal conjuntura como esta é que foste elevada a rainha"

terça-feira, 16 de março de 2010

SENHOR, ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS

Leitura Bíblica: Salmo 90:12

Estudaremos alguns versículos da Bíblia referentes à contagem de anos, para que vejamos o que Deus diz a respeito disso e como Ele contabiliza nossa idade.

Duas Genealogias

Em Gênesis, capítulos 4 e 5, há duas genealogias: o capítulo 4 trata da genealogia de Caim e o capítulo 5, da genealogia de Sete. Adão teve três filhos bem conhecidos: Caim, Abel e Sete, e gerou outros além desses. Abel morreu ainda jovem, por isso não tem genealogia. Os outros dois têm sua genealogia registrada na Bíblia. Nos capítulos 4 e 5 podemos ver duas linhas de pessoas e suas gerações, uma após a outra; uma linha procede de Caim, contendo Lameque, Tubalcaim etc, e outra começa em Sete, que inclui Abraão, Moisés e Cristo.

Podemos observar que as genealogias destas duas famílias são registradas sempre de maneira semelhante: alguém gerou alguém, que gerou outra pessoa... No entanto, há algo bem diferente nos dois registros. Enquanto o capítulo 4 somente diz: "Caim gerou Enoque e a Enoque nasceu-lhe Irade", sem relatar quantos anos Caim viveu ou quantos foram os seus dias, o capítulo 5, entretanto, registra não só quem gerou, como também com que idade morreu. O capítulo 4 não registrou a idade das pessoas mencionadas (não por esquecimento do autor), mas o capítulo 5 o fez claramente: quem gerou quem, com que idade, quantos anos viveu depois disso e, ainda, o total dos anos que viveu na terra. Adão também foi colocado no capítulo 5 como tendo vivido novecentos e trinta anos. De Adão a Sete e deste até Noé, o registro foi feito dessa forma clara. Essa é a grande diferença dos registros nos dois capítulos.

Qual é a razão dessa diferença? É porque aos olhos de Deus Caim não tem anos a serem contabilizados. Talvez ele tenha se casado aos cinqüenta anos, gerado filhos aos sessenta e falecido com seiscentos anos, porém Deus não os considerou. Simplesmente os ignorou. Aos olhos de Deus este homem nunca viveu; mesmo enquanto vivia, ele estava morto. Por isso, somente seu nascimento foi registrado (que eqüivale à morte) e não sua morte. Já que, para Deus, ele não viveu, então não tem números para contabilizar e, também não morreu.

Que tipo de pessoa essas do capítulo 4 representam? Representam todos os que não nasceram de novo, os que estão mortos em Adão, os que não têm vida eterna, portanto não têm contagem de anos. As do capítulo 5, por sua vez, representam os que estão em Cristo. O significado do nome Sete é "substituto", porque Abel morrera e Sete veio para substituí-lo; por essa razão representa os que nasceram de novo, os que têm anos contabilizáveis.

Mudar o Mês

Outro versículo relacionado a esse assunto é Êxodo 12:2, que diz: "Este mês vos será o principal do meses; será o primeiro mês do ano". Deus disse para o povo de Israel para contar como primeiro o mês em que estavam. Você já ouviu falar em mudar o mês? Suponha que esteja no mês de outubro e o mude para janeiro, o primeiro. Por que mudaram o mês? Porque o povo de Israel saiu do Egito, o Cordeiro Pascal foi imolado e o povo foi libertado das mãos de Faraó. Este é o início da história espiritual.

Caro leitor, você tem uma história espiritual? Pode ser que você já tenha idade avançada, com filhos e netos, mas quero perguntar: "Você nasceu de novo?" Se não, quero dizer-lhe que para Deus você não tem nem o primeiro mês espiritual!

Enquanto o povo de Deus não saiu do domínio de Faraó e não pintou com sangue a verga e ombreiras das portas, libertando-se do castigo de Deus, diante Dele eles não tinham o primeiro mês. Portanto, a história espiritual tem por início o sangue. Lembre-se de que o dia em que receber o sangue será seu início.

Se esse dia ainda não chegou, você ainda não tem idade. Sempre perguntamos às pessoas: "Quantos nascimentos você tem?" Se houve apenas um, eu temo por você, pois é necessário que você tenha o segundo nascimento. Temo que entre os que estão lendo este livrete, haja os que têm apenas um nascimento. Esses não têm o primeiro mês, assim como Caim, não têm anos contados diante de Deus. Mesmo que ele tenha vivido quinhentos ou setecentos anos e realizado muitas coisas, nada disso tem valor. Note que enquanto o povo de Israel permaneceu no Egito, Deus não contou seus dias. Quando saíram do Egito, aquele foi considerado o primeiro mês. Por isso, a idade espiritual somente se inicia com o novo nascimento — a salvação.

Um dia, conversando com um irmão, perguntei: "Por que Paulo estabelecera Timóteo quando este era jovem? Um presbítero não deve ser idoso e experimentado? Como pôde estabelecer uma pessoa jovem? Isso não estava correto. Como Timóteo pôde ser presbítero?" Lembre-se de que a contabilidade de Deus é diferente da humana. Você pode ter sessenta anos, mas somente um mês diante de Deus, ou pode ter vinte anos, porém já ter dez anos perante Deus. A contagem inicia-se com a salvação, pois antes disso não há nada contabilizado. Neste livrete, porém, minha ênfase não está em Deus não contar nossos dias antes da salvação; por isso, não me estenderei mais a esse respeito.

Nem Todos os Dias São Contados

Quero falar algo aos que já creram no Senhor: não somente os anos antes de você crer no Senhor não são contabilizados, como também nem todos os seus dias, depois de ter crido no Senhor, são contados. Talvez você tenha crido no Senhor há cinco anos, mas certamente não terá cinco anos. Lembre-se de que uma coisa é ano cronológico e outra é idade espiritual. Isso pode não ser compreensível para o mundo, mas é um fato espiritual: você pode ter vivido cinqüenta anos e, ainda assim, não ter cinqüenta anos de idade espiritual.

Noventa e Três Anos

Vamos ler alguns versículos com atenção, a fim de entender como Deus conta os dias. Leiamos primeiramente Atos 13:18-22, e verifiquemos quantos anos há entre o êxodo do povo de Israel e a construção do santuário por Salomão: "E [Deus] suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos (...) E, depois disto, por quase quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu juizes, (...) e Deus lhes deu por quarenta anos, a Saul (...)quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi [por quarenta anos]" (1 Cr 29:27 - VRC) Pergunto:quantos anos somam? Quarenta mais quatrocentos e cinqüenta somam quatrocentos e noventa anos, mais duas vezes quarenta anos resultam em quinhentos e setenta anos; somando-se mais três anos do reinado de Salomão até a construção do santuário, totalizam quinhentos e setenta e três anos. Portanto, desde o êxodo até o início do quarto ano do reinado de Salomão, somam-se quinhentos e setenta e três anos.

Leia agora 1 Reis 6:1: "No ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, Salomão, no ano quarto de seu reinado sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), começou a edificar a Casa do SENHOR". Aqui são mencionados quatrocentos e oitenta anos e não quinhentos e setenta e três anos. Estão faltando muitos anos. A diferença é de noventa e três anos. Se o registro de Atos estiver correto, então, o de 1 Reis deve estar errado. Como pode haver diferença tão grande? Ambos começam a contagem no êxodo e terminam na construção do santuário; portanto, deve haver erro em um dos registros ou em ambos.

Mas, na verdade, nenhum deles está errado; ocorre que em um dos registros há a aplicação do princípio espiritual de que falamos. Vejamos em Atos: os quarenta anos no deserto após o êxodo estão corretos, os quarenta anos de Saul também e os quarenta anos de Davi também estão certos. Começou-se a construção do templo no início do quarto ano do reinado de Salomão, portanto temos mais três anos. Todos estes anos estão corretos, pois foram anos em que os judeus dominavam. Entretanto, na época dos juizes, o povo de Israel foi levado cativo várias vezes. Vejamos agora, então, por quantos anos eles perderam o domínio da nação.

Juizes 3:8 registra: "A ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos". Essa foi a primeira vez que perderam a nação, e durou oito anos.

A segunda vez está registrada no versículo 14 do mesmo capítulo: "Os filhos de Israel serviram a Egrom, rei dos moabitas, dezoito anos", e em 4:2, 3 lemos: "Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante de seu exercito, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel". Esta pode ser considerada a terceira vez, pois no meio do povo de Israel não havia juizes, e estavam eles totalmente sob as mãos dos gentios. Em 6:1 há outro registro: "Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o SENHOR; por isso, o SENHOR os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos". Essa foi a quarta vez, e durou sete anos. Há ainda o registro do último cativeiro em 13:1: "Tendo os filhos de Israel tornado a fazer O que era mau perante o SENHOR, este os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos". Portanto, os filhos de Israel perderam a liberdade e a nação, e serviram às nações gentias por cinco vezes. Quantos anos isso durou? Somando-se oito anos mais dezoito, mais vinte, mais sete e mais quarenta, temos exatamente noventa e três anos! Vemos a partir desse fato que Paulo incluiu esses noventa e três anos, mas o registro de 1 Reis não os contou. Em 1 Reis há apenas quatrocentos e oitenta anos que, na verdade, perfazem quinhentos e setenta e três anos. Por que noventa e três anos não foram contabilizados? Há um motivo: foram anos perdidos.

Tempo Perdido

Quando estamos em cativeiro, quando estamos sujeitos aos gentios e não temos juiz, nesse período não há anos contabilizáveis. O que estamos vendo agora é um passo a mais em relação ao que vimos anteriormente: não somente antes de nascermos de novo estávamos mortos, sem dias contados diante de Deus, como também, após recebermos a vida eterna, muitos dias e anos são mortos diante Dele.

Mesmo que você já pertença a Deus, seja alguém salvo, mas se for levado cativo e enredado pelo mundo, se for levado até Moabe para ali viver como escravo, não tendo liberdade para servir a Deus, esse tempo em que você não pode ser chamado de filho de Deus não é contado por Ele. Toda vez que você estiver obedecendo ao homem, servindo-O no lugar de Deus, esse tempo será perdido. Devemos contar quantos são os dias, após sermos salvos, que pertencem a nós mesmos, em que vivemos em liberdade sem sermos escravizados pelos homens: esses são verdadeiramente válidos perante Deus. Em outras palavras, talvez você tenha crido no Senhor há cinco, oito ou dez anos, mas nesses anos todos, quanto tempo você viveu insensatamente? Quantos desses anos devem ser descontados? Nós perdemos tempo demais!

Não sabemos se dentre tantos anos o tempo contado diante de Deus chega a um ano. Todos os anos que vivemos segundo nossa própria vontade, segundo a vontade do homem, são anos esquecidos. Vamos perguntar a nós mesmos: "Será que tenho dias perante Deus? será que comecei a viver o primeiro mês?" Esta é a primeira pergunta. A segunda, que devemos fazer agora, é: "Eu nasci de novo; no entanto, temo que nesses anos tenha deixado passar muito tempo em branco. Quantos dias foram contabilizados por Deus?" Todo o tempo que vivemos em servidão e sem comunhão com Deus são dias perdidos. Talvez tenhamos crido no Senhor há oito ou dez anos, mas ainda somos iguais ao tempo em que nascemos - não houve qualquer progresso. Afinal, quantos dias realmente temos diante de Deus? Essa é uma questão extrema-mente importante.

Lembre-se do que Paulo disse aos coríntios: "Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais". Essa afirmação significa que eles perderam muitos dias. Eram como uma criança velha: velhos na idade, mas ainda crianças. Deveriam ter crescido, e não cresceram. Perderam muitos anos, pois deveriam ser como um varão forte, trilhando impávidos o caminho, alimentando-se de alimento sólido, entretanto, viveram tantos anos em vão, como carnais. No tocante a andar no caminho da obediência ao Senhor, a confiar em Deus, já deveriam ser experimentados a ponto de ensinar a outros; porém, até então, eles mesmos não tinham conhecimento. Por isso, o apóstolo Paulo disse que, mesmo depois de nascermos de novo, muitos dos nossos anos podem não ser contados e continuarmos crianças.

Desocupados

Vamos recordar-nos da parábola dos trabalhadores na vinha. O Senhor saiu várias vezes para procurar trabalhadores. "Saindo pela terceira hora, viu outros que estavam ociosos na praça, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha". Ocioso é estar parado, sem fazer nada. O Senhor quer que você trabalhe. Quando Ele saiu à hora undécima, ou seja, entre quatro e cinco da tarde, Ele viu que havia mais pessoas paradas e disse-lhes: "Por que estivestes aqui ociosos o dia todo?"

Que significa essa passagem? Nós sabemos que é uma parábola, dizendo-nos que Deus tem uma esfera, um limite determinado de trabalho: a vinha. Todos os que estão do lado de fora são ociosos. Não importa o que você esteja fazendo lá, o simples fato de estar do lado de fora significa que você está ocioso. Você pode ter sido Presidente da República por muitos anos, ou um professor durante anos, ou tem sido um bom pai de família por algumas dezenas de anos, ou uma boa mãe por anos, ou tem sido um bom pastor, mestre ou missionário por toda a vida, ou tenha dedicado sua vida a trabalhar afanosamente pela igreja, pelo evangelho, pela expansão do reino ou fez muitas coisas na sociedade - mas aos olhos de Deus você é um ociosa. Será que uma pessoa assim está realmente ociosa, sem fazer coisa alguma? Não. De modo geral, as pessoas no mundo estão trabalhando. Algumas trabalham pelo pão, pelas vestes e demais necessidades; outras, por serem ricas, talvez não precisem trabalhar por suas necessidades, mas estão ocupadas divertindo-se. Por isso, alguns pelo prazer da comida, outros pelos divertimentos, todos estão ocupados. Mesmo entre os que creram no Senhor, muitos são fervorosos em trabalhar para Ele. A quem, então. Deus se referiu como "ociosos"? Para Ele, todos os que trabalham fora da vinha são desocupados. Toda a obra, atividade e labor fora da vontade de Deus são vãos!

Provavelmente, você esteja extremamente ocupado com uma obra espiritual; mas Deus irá dizer-lhe com toda a calma: "Por que você está tão ociosos? As obras fora da vinha não são Minhas!" Por esse motivo, aos olhos de Deus, você está muito desocupado, pois somente aquilo que está dentro da vinha é de Deus. O problema todo é se a obra veio realmente de Deus e se vai para Ele. Se for fora da vontade de Deus, todos os anos gastos não são contabilizados por Ele. Foi isso que o Senhor disse aos da hora undécima: "Por que estivestes aqui ociosos o dia todo?" Provavelmente há quem tenha vivido toda a vida dezenas de anos que não foram contados, pois "o dia todo" refere-se à vida toda. Portanto, leitor, e você?

Isso não quer dizer que todos devem demitir-se do emprego para pregar a Palavra, pois Deus não ordenou que fizéssemos isso. O mais importante é que cada um de nós, não importa o que façamos, saiba que a posição em que está ê realmente de acordo com o propósito de Deus. Tudo fazemos visando ao propósito de Deus -em tudo, seja a vinha nosso centro. Na vinha há trabalho de todas as formas, não são todos iguais. Provavelmente, alguns cavem a terra, outros semeiem e outros cortem. Não importa o que se faça, desde que seja para a vinha. Certo trabalho pode ser sujo, como manusear adubo, outro é mais limpo como colher uvas; por isso, não pense: "Se eu fosse igual àquela pessoa, aí, sim, estaria fazendo a obra de Deus" ou "Preciso fazer aquele tipo de trabalho; aquele, sim, é válido". Não é assim; tudo o que você fizer na vinha será válido.

Permita-me perguntar: Talvez você tenha sido salvo há três, cinco, cinqüenta ou sessenta anos. Mas, afinal, quantos desses anos você gastou para Deus? Quanto esforço e dinheiro você dedicou a Deus? É certo que deva trabalhar, mas para quem tem trabalhado? Podemos ter atividades seculares, desde que saibamos que elas estão realmente no propósito de Deus. Lembre-se de que Deus nunca disse como trabalhar na vinha. Talvez haja quem trabalhe integralmente na obra de Deus e, no entanto, essa não é a vontade de Deus que, pelo contrário, quer que essa pessoa tenha um trabalho secular.

Portanto, a questão toda está em seu coração e na vontade de Deus.

Desse modo, a consagração é imprescindível. Se você foi salvo pelo Senhor e não se consagrou a Ele, ao final da vida não será considerado como quem trabalhou para Ele. Se, do dia da sua salvação até hoje, no tocante a conduzir pessoas para Deus, você não moveu um dedo, então, é um desocupado. Essa é a maneira certa de contar o tempo, pois todos os dias que vivemos para nós mesmos, os dias em cativeiros e pecados, Deus não contabiliza.

Há quantos anos vivemos na terra? Setenta ou oitenta? Temo que mesmo esses sejam poucos. Você conhece cristãos de cem anos? Talvez não existam. Nesse tempo já tão curto, subtraindo ainda os anos antes da salvação, quantos ainda restam? Amigo leitor, você sabe por quantos anos ainda irá viver? Naquele dia, talvez já com mais de sessenta anos. Deus provavelmente lhe dirá: "Você viveu diante de Mim menos de dez anos. Você viveu apenas alguns dias: todos os outros foram esquecidos". Vamos contar nossos próprios dias corretamente! Vamos usar bem o tempo que nos resta!

Treze Anos

Vou citar mais um ponto. Esse fato não foi relatado apenas no Novo Testamento, mas há exemplos também no Antigo Testamento. Abraão foi um deles. Segundo Atos 7, quando Abraão estava em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, Deus lhe apareceu dizendo: "Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei". Que fez ele? Se não obedecesse, não teria paz no coração, mas se obedecesse não teria muita alegria interior. Por essa razão, ele foi somente até Harã, como um cristão que parou no meio do caminho. Ele não foi sozinho: levou ainda o sobrinho Ló e também seu pai. Deus disse para sair da parentela, e ele levou até animais junto com ele. Deus disse para ir até Canaã, mas ele foi somente até a fronteira. Ele foi um cristão de fronteira. Há muitos cristãos que podemos chamar de frios, mas ainda neles há um pouco de calor, e os que podemos dizer que são quentes, não o são de todo. Abraão também era assim: saiu de Ur dos caldeus, chegou à fronteira da terra de Canaã, mas não entrou. Hoje há quem pense: "O mundo não me considera tão espiritual e também, como cristão, não sou tão mundano". Isso é ser um cristão de fronteira.

Vemos que, mais tarde, após a morte do pai. Deus outra vez o chamou (Gn 12). Desta vez. Deus não chamou Abraão em Ur, pois este já estava em Harã. O mandamento de Deus jamais se abala! Uma vez que Ele tenha falado, assim será para sempre. Deus ordenou a Abraão para ir até a terra de Canaã, e não mudara de propósito pelo fato de ele ter ficado em Harã. Deus, então, chamou-o pela segunda vez, e Abraão teve de caminhar. É interessante que quando partiu de Harã, a Bíblia registrou que ele tinha setenta e cinco anos (Gn 12:4). Quando estava em Ur não houve registro, tampouco quando habitou em Harã, mas somente depois que saiu de Harã e entrou em Canaã é que houve o registro dos seus setenta e cinco anos, mostrando-nos, assim, o início dos seus anos. Todos os que estão no meio do caminho, na fronteira. Deus não conta. É necessário que você se submeta totalmente! Os dias em Harã são dias perdidos, esquecidos. Se quiser ter a bênção de Deus, você precisa sair de Harã. Todas as coisas em que há interferência do ego não são contabilizadas por Deus. Não sei quantos anos perdi; quando recordo minha história passada, realmente não sei quantos dias são amaldiçoados. Deus não dá atenção a coisa alguma que haja em Harã. Quanto tempo Abraão passou insensatamente, fazendo coisas contra a consciência, agindo segundo a vontade própria, tanto tempo vivendo preguiçosamente, somente gozando de conforto: tudo isso é Harã. Todos esses dias perdidos não voltam. O início de Abraão foi a partir dos setenta e cinco anos.

Entretanto, o que Abraão perdeu não foram apenas dias, pois algo mais aconteceu no capítulo 16. No 15, Deus lhe fizera a promessa de lhe dar um filho. No 16, por ter aceito a sugestão da esposa, Abraão cometeu um pecado moral. A intenção de sua esposa era boa: pensando em ajudar Deus a atingir Seu objetivo. Sara trouxe a Abraão sua serva Hagar, à qual, posteriormente, nasceu um filho, obtido pela força da carne e não dado por Deus. Por esse motivo, no fim do capítulo 16 foi registrado que Abraão tinha oitenta e seis anos e, maravilhosamente, logo no primeiro versículo do capítulo 17, diz-se que tinha noventa e nove anos. Houve um lapso de treze anos. Nesses treze anos não foi registrado nenhum acontecimento, não se viu sequer um altar (o que Abraão fazia freqüentemente), não houve aparição de Deus, nenhuma nova revelação nem qualquer nova promessa. Aqueles foram os dias em que Ismael crescia. Que cada um de nós guarde firmemente isto: tudo o que se fizer segundo a própria vontade e segundo a carne não é válido para Deus, e se perderá. Na segunda vez em que apareceu a Abraão, Deus contou sua idade a partir de noventa e nove anos. Os treze anos que se passaram nesse ínterim, Abraão os viveu em vão, foram esquecidos por Deus, perdidos e não contabilizados.

Perguntemo-nos: nesses anos tivemos novas experiências, nova luz na Palavra, novas mensagens? Nestes anos houve alguma pessoa que tenha sido salva por nossas mãos? Temos genuinamente ajudado alguém? Nestes muitos anos, será que conhecemos mais a Deus? Obtivemos nova convicção quanto à promessa de Deus? Temos tido nova consagração para Deus? Tem havido, para mim, um novo altar? Lembre-se de que, se essas coisas não têm acontecido, esses foram anos perdidos. Uma irmã bastante idosa, certa vez, disse: "Para mim, um cristão deve usar um dia como um dia. Essa é a forma de ganhar galardão! Muitas vezes, mesmo juntando dez dos nossos dias, ainda assim não dão nem um dia". Se vivermos cada dia adequadamente, tudo estará bem. Lembre-se de que isso é para ser praticado dia a dia, e não pode ser negligenciado. Se desde a manhã até a noite vivermos confusamente, em desobediência e em pecados, agindo segundo nossa própria vontade, esse tempo, na visão de Deus, é gasto em vão; nós desperdiçamos nossos dias, o que é uma pena.

Por que Deus registrou o fato de Abraão ter noventa e nove anos? Abraão foi circuncidado naquele ano, pois chegara o momento de receber a circuncisão. Como conseqüência, no ano seguinte nasceu-lhe Isaque. O significado da circuncisão é o eliminar da carne. Portanto, enquanto não eliminarmos o ego e tudo o que pertence à carne, os dias não são contados. Por essa razão é que os dias de Abraão começaram a ser contados novamente a partir dos noventa e nove anos, quando recebeu a circuncisão. Hoje existem muitos cristãos que são desleixados, não dando a devida importância ao seu viver. Mas vamos, a partir de hoje, eliminar tudo o que é da carne e colocar tudo sobre o altar, para não mais perder tempo. Todo aquele que já foi salvo pelo Senhor, que já tem a vida divina, comece a contar seus dias diante de Deus, ganhando com diligência todo o tempo. E verdade que todos aguardamos ansiosamente a vinda do Senhor; porém, se Ele tardar, vamos ter de contar dia após dia. Não permita que, passados cinqüenta anos, você tenha desperdiçado quarenta e nove. Pensemos em todos os anos que se passaram insensatamente, e não desperdicemos o tempo que ainda nos resta, cuja duração não conhecemos. Por isso, despertemo-nos! Atentemos para o exemplo de Abraão: tantos anos perdidos! Como seria bom se tal fato não tivesse acontecido.

Onze Dias ou Trinta e Oito Anos

Outro ponto significativo é a respeito da jornada dos filhos de Israel no deserto.

Recordemos que o povo de Israel gastou,no total, dois anos do Egito até Cades, conforme registrado de Êxodo 12 a Números 13. Naquela ocasião, por não terem crido em Deus, não entraram em Canaã, e somente depois de terem caminhado por outros trinta e oito anos é que entraram na boa terra. Por isso, quando deveriam levar apenas dois anos, gastaram trinta e oito anos. A partir do monte Horebe deram uma volta enorme, voltando ao mesmo lugar. Vemos em Deuteronômio (1:2) que, partindo do monte Horebe, passando pelo monte Sinai até Cades-Barnéia, a jornada é de aproximadamente onze dias. No entanto, eles andaram por trinta e oito anos. Esta volta foi extremamente grande. Para uma jornada de onze dias, foram gastos trinta e oito anos, não apenas três ou cinco anos. Deram voltas, sem começo nem fim. Essa é a experiência de muitos cristãos: algumas questões que poderiam ser resolvidas em três ou cinco dias, não são resolvidas nem mesmo após três ou cinco anos.

Ao que tudo indica, o tempo decorrido entre a primeira ida de Paulo a Corinto para pregar a Palavra e o envio da Primeira Epístola aos Coríntios foi de alguns poucos anos. Nesse ínterim, Paulo esperava que eles já fossem espirituais e crescidos, porém, após aqueles anos, ele os viu ainda crianças. Paulo parecia estar decepcionado, pois já se havia passado tanto tempo, vários anos! Pode-se ver que, aos olhos de Paulo, para se tomar espiritual não é preciso gastar muito tempo, mas três ou cinco anos são suficientes. Como nós aplicamos isso? Ao vermos um cristão vivendo seus dias tão insensatamente, dizemos que ele creu no Senhor há apenas três ou cinco anos e, por isso, não se pode culpá-lo, ou que, por ele ter crido no Senhor há apenas oito anos, como lhe seria possível viver de outra forma? Paulo, porém, via isso de modo totalmente diferente: um ano deve ter o aspecto de um ano e gastar três ou cinco anos é excessivo, é totalmente indevido. Uma pessoa, do momento de sua salvação até crescer plenamente como homem espiritual, deveria gastar apenas três ou cinco anos. Infelizmente, hoje há muitos que chegam aos cinqüenta anos e continuam como um bebê: nunca se consagram, ainda não sabem o que é caminhar, o que é buscar a vontade de Deus ou ter comunhão com Ele; ainda não podem ajudar outros, não lêem a Bíblia; ainda não aprenderam como obter a luz e como se agarrarem à promessa de Deus. Muitos despenderam trinta e oito anos numa jornada de apenas onze dias — todos esses anos são esquecidos e perdidos!

Toda vez que penso nisso, sinto uma tristeza insuportável. Mas dou graças a Deus, pois no meio dessa decepção, Ele me deu um conforto: em Joel 2:25, lemos: "Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros". Graças a Deus, Ele tem meios para nos restituir os anos devorados! Se você tiver sessenta anos e perdeu em vão trinta ou quarenta deles, provavelmente dirá: "Que farei, então? Não tenho mais oportunidade, pois não sei quantos anos mais ainda viverei! Os anos mais fortes foram devorados por Satanás, e os anos perdidos não voltarão, pois já não há tempo".

Dois Testemunhos

Um famoso político inglês, Gladstone (primeiro-ministro britânico, 1868-1894), em sua velhice, disse a um missionário: "Você ainda é jovem; eu o incentivo a sair do país para pregar a Palavra. Eu, infelizmente, já estou velho". Embora tenha sido um personagem importante no palco da política, tenha sido como uma coluna, tenha gasto tanta força e tempo pela Inglaterra, ainda assim sentia dores no coração pelo tempo que passou. E como se ele tivesse dito: "Se eu tivesse três vidas, viveria todas elas para pregar a Palavra de Deus. Hoje já estou impossibilitado, pois o melhor tempo, o mais forte, foi consumido. Por isso, aconselho-o a correr pelo Senhor e por Seu evangelho".

Houve uma jovem que, por causa de pecado, contraiu tuberculose. Foi internada e ficou quase à morte. Havia também um servo de Deus idoso que lhe foi pregar a Palavra, exortando-a a confessar os pecados, a arrepender-se e receber Jesus como seu Salvador, uma vez que o Senhor Jesus já carregara todos os pecados dela. No início, ela achava difícil que o Senhor perdoasse uma pecadora como ela. Porém, finalmente, ela aceitou o Senhor, foi salva e ficou muito alegre, com muita paz no coração. Passados alguns dias, o servo idoso voltou a visitá-la e a encontrou triste e angustiada.

Aquele irmão lhe perguntou: "Por que você está assim? Não permita que Satanás a engane!" Ela lhe respondeu contrita: "Eu estou deitada aqui quase à morte, e meus dias estão no fim. Quando estiver diante do Senhor, Ele dirá que ganhei a salvação; porém, que estou levando para Ele? Minhas mãos estão vazias! Não posso ver meu Senhor com minhas mãos vazias!" É verdade! Suponha que o Senhor nos leve hoje: que estaremos levando para Ele?

Salvamos ao menos uma pessoa? Por isso, aquela irmã estava muito triste. O velho servo lhe disse: "Irmã, não se preocupe; usarei suas palavras como tema para fazer um hino, aqui ao lado do seu leito, para incentivar as pessoas a pregarem a Palavra. Toda vez que alguém for comovido por este hino e pregar a Palavra, o galardão será seu".

Conclusão

Um homem viveu dez anos na terra, mas talvez lhe seja contado apenas um dia; por outro lado, um dia também pode valer mil dias. Davi disse que um dia nos átrios do Senhor vale mais que mil (Sl 84:10). Por isso, nosso serviço a Deus não é vão. Os dias celestiais não são contados como as vinte e quatro horas de um dia. A contagem é espiritual, portanto, um dia nosso não significa necessariamente um dia nesta contagem.

Todos os que são pelo Senhor estão na luz, e todas as coisas sem Ele são cheias de trevas. Na Bíblia, há um versículo muito triste: "[Judas] tendo recebido o bocado, saiu imediatamente. E era noite" (Jo 13:30). Esse é o versículo mais negro. Judas saiu da presença do Senhor para traí-Lo. Isso são trevas eternas. A partir desse dia, essa pessoa não tem mais dia claro, está sem luz, só tem trevas. Apartar-se do Senhor é algo muito perigoso. Quando não houver o Senhor, haverá noite. Portanto, cada um de nós deve começar a contar e determinar como viver os dias de agora em diante. Espero que não somente deixemos de perder tempo, mas também façamos um dia valer mil, andando cada dia sem jamais parar, cada passo sendo dado na luz da vontade de Deus. Não espere mais! Quando permanecemos caídos, esse tempo é perdido! Não importa por que tenha caído, levante-se outra vez e ande.

Fotos do Aniversário da Keren










quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

6º COPENADAL

Começará neste sábado(13/02/2010) ás 19:00 hs. O Grande Congresso Pentecostal das Assembléias de Deus em Águas Lindas). Venha participar conosco desse grande evento. Deus tem um bêção pra você.



Aniversário da Filha do Pr. Marco e Ilda

No dia 28 deste mês o casal Pr. Marco Tsushya e sua esposa Elisângela Ilda, estarão comemorando o 1º aninho da sua filha Keren Hapuck. O evento será realizado no salão de eventos da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministrário de Madureira, na quadra 48 lotes 16/19 no Jardim Brasilia. Os pais agradecem a Deus por esse momento muito especial em suas vidas.









sábado, 9 de janeiro de 2010

FELIZ ANO NOVO - Jeremias 29.10-14

Introdução:
* As festas passaram, um novo ano começou!
* A frase do Lula, "a esperança venceu o medo", vai entrando para a história, mas ela não é tão simples quando olhamos para as nossas vidas.
o Os velhos problemas batem na sua porta:
* Contas
* Doença
* Problemas familiares

* A verdade é que o ano começou e não sabemos como lidar com ele, o que fazer, o que esperar.


* No contexto da passagem não era muito diferente. Os israelitas estavam no cativeiro babilônico já por cerca de quatro anos e não viam solução. Quando estariam livres, quando voltariam para a sua terra, o que fazer de suas vidas no tempo do cativeiro, que esperanças, que alegrias...


* Olhando para este texto posso ver algumas razões para crermos que este será um ano em que você pode ser feliz.

Você pode ser feliz em 2010:

1. Porque Deus tem planos para você
Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança - v.11

* Você já fez planos para este ano?
* Deus já fez os Dele para a sua vida

* PAZ
* Como ter paz neste mundo?
* Guerras (Israel x Palestinos; USA x Iraque)
* Violência (seqüestros, crime organizado)
* Deus quer e pode te dar paz

Fil 4.7 - "e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus."

* Creia que em Jesus você pode ter paz! Ele é o príncipe da paz.

* FUTURO


* A maioria das pessoas já fez planos para o ano. Você tenta pensar no futuro. O que eu quero ser, oque eu quero alcançar...


* Mas, talvez você diga: eu não pensei no futuro ainda, mas Deus já pensou para você!


* Que futuro, se:
a. estou doente,
b. se não passei no vestibular,
c. meu casamento está acabando...


* Alguns estão sofrendo tanto, que não podem sequer imaginar o futuro!


* Deus é soberano, e a Sua vontade é perfeita para a sua vida.

Pv 20.24 - "Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?"
Pv 19.21 - "Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do
Senhor, esse prevalecerá."
Rm 12.2 - "... para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

* Deus tem solução para você! Ele é o seu futuro! Ele quer te fazer feliz!


* Creia, faça a sua parte! Trabalhe, invista em relacionamentos... mas creia, Ele já tem seus planos e propósitos estabelecidos para a sua vida! Ele conduzirá você por caminhos perfeitos, ainda que não sejam sempre planos.

* ESPERANÇA
* Sem emprego?
* Sem namorado, namorada?
* Sem me casar?
* Sem segurança?

Col 1.27 - "...Cristo em vós, a esperança da glória".
Lm 3.21,22 - "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a razão de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim".

* Deus é a sua esperança?
* Creia em Cristo, a esperança da glória, e você será feliz!

2. Porque Ele prometeu te ouvir
Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei - v.12

Ilustração: de repente eu me lembrei que muitas vezes lá em casa, minha esposa fala comigo e eu não ouço! Deus promete te ouvir!

I Pe 3.12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus
ouvidos atento à sua súplica; mas o rosto do Senhor é contra os que
fazem o mal.

* Tem gente que cansou de pedir, acha que Deus não está ouvindo!
* Tem gente que pensa que Deus está ocupado demais para ouvi-la.
* Para com isso!
* Deus não desisti de você.
* Volte-se para Ele, fale o que vai no teu coração.
* Ele se interessa, Ele ouve e Ele age em favor dos que o temem.
* Lembre-se: Ele quer te fazer feliz, Ele ouve você!

3. Porque você poderá encontrá-lo sempre que quiser
Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E serei achado de vós, diz o Senhor - v. 13, 14

* Coisa horrível é você procurar algo e não achar.
* Aquela roupa
* Aquela loja
* Aquele versículo
* Neste ano você pode ser feliz, porque Ele prometeu que sempre estará com você.

Mt 28.20 "...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
Séculos".

* Deus está com você.
* Nas lutas, tristezas, alegrias... Ele está com você
* Você tem algum problema, corra para os braços do Senhor, Ele está bem aqui do seu lado.

CONCLUSÃO
* 2010 será um feliz ano novo se você crer!
* Creia:
* Deus tem planos para você. Planos de paz, futuro, esperança!
* Ele prometeu te ouvir
* Você poderá encontrá-lo sempre que quiser

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