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segunda-feira, 18 de maio de 2009

O perigo do estrelismo pastoral na Igreja

Por Pr. Marco Tsushya
Bacharel em Teologia



Não há nada mais intrigante no ministério quanto à preocupação em mostrar o quanto se sabe pregar. Existe por parte de alguns, acreditem os senhores ou não, uma espécie de guerra para alcançar uma tribuna e desenvolver uma prédica. Não estou falando do entusiasmo natural que todo pregador deve ter e que é salutar para que alcance os seus ouvintes, mas falo de uma competição generalizada fomentada por um mito de que quem grita mais prega mais, quem pula mais alto é mais ungido e coisa do tipo.

Nessa corrida desenfreada em busca do "estrelismo" eu já vi e ouvi muita coisa; e nela se destaca aqueles que imitam os "super-pregadores" da atualidade, caso contrário você deve ser um cru, frio, e até mesmo um incrédulo. Eles já iniciam os seus "sermões" empregando os mesmos chavões e clichês esgotadamente conhecidos pelo auditório, sem falar que o figurino e o estilo de penteado são os mesmos dos seus ídolos.

Com toda arrogância dizem que vão fazer e acontecer, que anjos estão voando no templo, que tem fogo no teto da igreja, que vai ter gente arrebatada, que tem sapato de fogo... Acaba que nada acontece. Ademais tudo está mais fácil hoje, se não tens mensagem para alimentar o povo, só é fazer um "manto" e está tudo resolvido.

Bem amigos leitores deste blog, isso é reflexo de uma juventude caracterizada por uma enorme crise existencial, sem identidade própria. Não estou falando que não podemos nos espelhar nos grandes pregadores da nossa época, mas penso que não precisamos imitá-los na maneira de falar, cada gesto, cada expressão facial, mas que Deus quer nos usar com nossos recursos, qualidades e limitações. Se há algo que Deus gosta é de "originalidade", então sejamos autênticos quando subirmos ao santo púlpito, para que o Espírito Santo fale através de nós e reconheçamos que ninguém tem mensagem, mas Deus tem e quer nos dar para transmitir ao seu povo.

Que Deus vos abeçoe em Cristo,

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